Atividade de
Português – 8° F
3° bimestre
- Profª Agna
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Atividades a serem realizadas a partir do dia
08/09/2020 até 28/09/2020
· Atenção alunos!!! Copiar a pergunta com a resposta que considerar correta no caderno e enviar para o grupo de whatsapp da sua sala.
Bom
estudo!😉
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ATIVIDADE DE LEITURA E COMPREENSÃO TEXTUAL
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ARTIGO DE OPINIÃO SOBRE O CORONAVÍRUS
A
incerteza da opinião em época de pandemia
Por Elis Radman (Mestra
em ciência política pela UFRGS)
É difícil para as pessoas responderem pesquisas de opinião que
tratam sobre a Codiv-19. E esse dilema está associado à dicotomia entre o que
aparece na televisão e a realidade em que se vive, o cotidiano de cada cidade.
A maioria da população afirma que está preocupada e bem informada sobre o
Coronavírus. Na prática, afirmam que “não aguentam mais” receber mensagens
sobre a Covid-19 pelo WhatsApp ou assistir às notícias pelos meios de
comunicação, em especial, pelos telejornais. É como se assistissem a uma novela
onde o vilão não para de fazer maldade.
E esse sentimento ocorre
porque há muita incerteza e dúvidas. De um lado, se vê as estatísticas das
mortes, as notícias sobre enterros em massa, hospitais entrando em colapso e os
tristes depoimentos de quem perdeu um familiar. De outro lado, se sai à rua com
a sensação de que não há perigo eminente. Tem-se a percepção de que a vida irá
voltar ao normal e, inclusive, há quem acredite que o isolamento foi um
exagero.
Quando
o tema avaliado questiona o isolamento social, há mais dúvidas. Metade dos
gaúchos é favorável ao isolamento e a outra metade é contra. Mas essa avaliação
não está associada apenas a uma posição, a uma opinião. Ela é resultado de uma
necessidade básica de sobrevivência, que tem como base a ideia de que a
economia é mais importante do que a defesa de “uma ciência que parece não
entender a realidade das pessoas”.
Os que concordam com o
isolamento, são aqueles que tem renda fixa, maior grau de escolaridade e condições
de executar as suas tarefas remotamente. A grande maioria, que se mostra contra
o isolamento social, vive o dilema de manter seu empreendimento, de lutar pelo
seu negócio, de garantir o seu emprego ou até mesmo de tentar sobreviver como
trabalhador autônomo ou informal. São pessoas que nãos sabem como irão pagar as
contas que chegam ou como irão alimentar sua família. Muitas pessoas que têm
essa opinião estão nas filas do auxílio emergencial, sendo que alguns continuam
invisíveis ao sistema de proteção social (não tendo nem CPF).
Quem é contra o isolamento pela
necessidade de subsistência básica afirma que “se o vírus não matar, a fome irá
matar”. A maior parte dessas pessoas tendem a apoiar as indicações do
Presidente Bolsonaro, pedindo a retomada das atividades econômicas. É como se o
Presidente entendesse a angústia dessas pessoas e as representasse. Quem está
focado na necessidade econômica não acredita que haverá mortes e muitos indicam
um culpado, seja um país ou até mesmo o sensacionalismo dos meios de
comunicação.
As pessoas são movidas por
expectativas ou dores. E nesse momento, muitos gaúchos se preocupam com a
realidade econômica e a sua dor está associada à diminuição das perdas
econômicas ou à necessidade de provir a alimentação de sua família. A realidade
dá o passo para a opinião e se alinha, naturalmente, a posições políticas que
tratam a pandemia como uma crise qualquer. Essa instabilidade política na
condução da pandemia pode transformar a dor daqueles que sofrem com as perdas
ou as dificuldades econômicas em um luto pela morte de seus amigos e
familiares.
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De acordo com a leitura do texto, responda as questões abaixo:
1. (SAEB D12) O texto que você acabou de ler é um artigo de
opinião, isso se justifica porque a autora:
a) busca apresentar uma informação nova ao
leitor.
b) tenta entreter o leitor com informações
pertinentes à literatura.
c) busca narrar fatos ocorridos no cotidiano da
população.
d) expõe seu posicionamento sobre um determinado
tema de interesse público.
2. (SAEB D1) Segundo o texto,
a) a maioria da população ainda não se sente
informada o suficiente quanto ao Coronavírus.
b) há uma percepção de semelhança para as
pessoas entre o que se vê na televisão e a na realidade em que se vive.
c) a população em geral está atribulada com a
pandemia do Coronavírus.
d) as pessoas têm facilidade em participarem de
pesquisas de opinião.
3. (SAEB D4) O tema central do texto é:
a) os impactos da pandemia na saúde pública.
b) a desarmonia de pensamento sobre isolamento
social.
c) as mortes causadas pelo Coronavírus.
d) o excesso de informações sobre a pandemia da
Covid-19.
4. (SAEB D13) No trecho: “Na prática, afirmam que “não aguentam mais”
receber mensagens sobre a Covid-19...”, o termo grifado foi colocado entre
aspas por ser uma expressão de linguagem:
a) coloquial.
b) técnica.
c) culta.
d) formal.
5. (SAEB D14) Há uma opinião em
a) “É como se assistissem a uma novela onde o
vilão não para de fazer maldade.”
b) “A maioria da população afirma que está
preocupada...”
c) “Na prática, afirmam que “não aguentam mais”
receber mensagens sobre a Covid-19 pelo WhatsApp...”
d) “... e, inclusive, há quem acredite que o
isolamento foi um exagero.”
6. (SAEB D8) No trecho: “Quando o tema avaliado questiona o isolamento
social, há mais dúvidas. Metade dos gaúchos é favorável ao isolamento e a outra
metade é contra.” Ao citar sobre os gaúchos, a autora:
a) faz uso de um argumento para comprovar sua
opinião.
b) usa fatos para dar credibilidade ao seu
texto.
c) esclarece sua tese para consolidar seu
pensamento.
d) revela sua opinião em desfavor do isolamento
social.
7. (SAEB D2) No trecho: “Ela é resultado de uma necessidade básica
de sobrevivência...”, o pronome grifado faz uma retomada da palavra:
a) opinião.
b) posição.
c) avaliação.
d) necessidade.
8. (SAEB D1) Segundo o texto, as pessoas que mais defendem o isolamento social
são:
a) aquelas que dependem do auxílio emergencial
do governo.
b) aquelas que possuem uma renda fixa.
c) autônomas ou informais.
d) os invisíveis aos sistemas de proteção social
do governo.
9. (SAEB D15) No trecho: “... vive o dilema de manter seu empreendimento, de
lutar pelo seu negócio, de garantir o seu emprego ou até
mesmo de tentar sobreviver como trabalhador autônomo ou informal.”, a
palavra grifada estabelece ideia de:
a) conclusão.
b) adição.
c) consequência.
d) alternância.
10. (SAEB D17) No final do quarto parágrafo, a autora colocou entre parênteses
a expressão “(não tendo nem CPF).”. Esse uso se deve porque:
a) o termo foi uma retomada da frase anterior.
b) ela fez um esclarecimento ao leitor.
c) representa a fala de um entrevistado.
d) há uma oposição à ideia anterior.
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