Atividade da disciplina eletiva Direito e Cidadania
Alunos do 9ºB, espero que todos estejam bem!
Atenção!!! Esta atividade deverá ser entregue no dia 25/09/2020 (sexta-feira), e já será considerada como nota para o 3º bimestre.
Realizem as atividades com muita atenção, e tirem as dúvidas comigo no grupo de WhatsApp.
Beijos,
Professora Agnailda
Leia o texto a seguir, e responda as questões.
O que é a Constituição Federal?
A Constituição da República Federativa do Brasil é a lei maior do país e nenhuma outra lei pode ir contra o que ela determina.
É na Constituição que estão os princípios que regem tudo em nosso país. Todos são iguais perante a lei? Esse princípio está lá. Temos eleições diretas? O voto é obrigatório? Ninguém pode ser condenado por suas ideias? Esses todos são os chamados “preceitos constitucionais”, e nenhuma lei pode modificar isso.
A nossa atual Constituição é carinhosamente chamada de “Constituição Cidadã”. Recebeu este apelido porque foi a Constituição elaborada logo após o regime militar, ampliando garantias e liberdades idas pessoas. Ela restabeleceu as eleições livres e diretas, acabando com a censura, criou novos direitos trabalhistas e permitiu o voto de analfabetos ede jovens a partir de 16 anos.
Queridos alunos, as atividades de Eletivas são as mesmas postadas no início do mês. Segue abaixo o cronograma:
Atividades de Eletivas 3° Bimestre 6D, 7F e 9D
1) A atividade consiste em pesquisar jogos de tabuleiro africanos. Escrever a pesquisa em folha de almaço, tirar fotos e enviar para o professor pelo Whatsapp ou e-mail.
2) Na pesquisa o aluno deverá responder às seguintes questões:
a) Qual a importância de aprender sobre os jogos de tabuleiro?
b) Citar no mínimo três jogos de tabuleiro africanos, colocar imagens e nome dos jogos.
c) Qual a influência desse jogo na educação daquela determinada sociedade?
Obs.: As atividades deverão ser entregues até o final do mês de setembro. Teremos nossa aula online na próxima sexta-feira dia 04/09. Os contatos do professor Renato são: Whatsapp 946307108 e e-mail eafi17.renato.durval@gmail.com. Qualquer dúvida, favor entrar em contato.
Agora
que você já fez um desenho para o seu produto, será preciso dar continuidade
para que ele seja um sucesso de vendas. Já aprendemos que empreender está
diretamente ligado a inventar-se, principalmente, em tempos difíceis. Vamos
lá!!!!
6)
Elabore uma mensagem para seu produto, precisa ser algo que assim que uma
pessoa ver o seu produto já vai reconhecer. Por exemplo: Computador Intel, você
no mundo virtual. Chinelos Dias, seus pés no algodão.
7)
Agora, crie um jingle. O que é isso? É aquela música que toca sempre que seu
produto passa, normalmente as lojas fazem isso. Exemplo: lojas marabraz, preço
menor ninguém faz. É uma pequena música sobre seu produto que precisa ficar na
mente das pessoas.
8)
Você precisa convencer seu cliente e, para isso, precisa descrever seu produto.
Ou seja, escreva um pequeno texto sobre seu produto, detalhe o que ele, é para
que serve e diga porque seu cliente deve adquiri-lo.
9)
Você acha que tem perfil de empreender? Por quê?
10)
O que mais foi difícil de criar? O que foi mais fácil?
11)
Relate o que você achou dessa experiência de criar um produto, fazer propaganda
e tentar vendê-lo.
Até
aqui, aprendemos que comunicação é um mundo diverso e com várias
possibilidades. Dando continuidade em nossa eletiva, responda as questões
abaixo:
6)
Crie uma notícia e faça um pequeno texto sobre. A notícia precisa ser inventada,
isso vai ajudar vocês no que a comunicação chama de processo de redação, ou
seja, não basta apresentar, falar, etc. é preciso escrever antes.
7)
Você acha que essa notícia que acabará de criar se encaixa melhor em qual
veículo de comunicação? Rádio, TV, Jornal, etc.
8)
Você se identificou com a eletiva de comunicação? Acha que tem perfil para
trabalhar nessa área? Por quê?
9)
Faça um desenho do que representa a comunicação para você.
ATIVIDADE
DE GEOGRAFIA – PROFESSORES – MARCELO E VINÍCIUS
3º
BIMESTRE
TURMAS:
9º A/B/C/D/E/F
ORIENTAÇÕES:
·Copiar
o texto e as questões no caderno, responder, tirar foto e enviar até dia 02/10(sexta
– feira);
·Aos
alunos do 9ºA – enviar para: mbatistaprof@gmail.com
·Aos
alunos dos 9º B/C/D/E/F – enviar para: viniciusjose@prof.educacao.sp.gov.br
TEXTO
DE APOIO:
A
TÉCNICA E A TECNOLOGIA NO BRASIL
A Revolução Industrial é marcada
por vários fatores, um deles é a transformação da técnica para tecnologia.
Podemos citar vários exemplos de
técnicas, da mais arcaica até a mais atual, como as técnicas de plantio, de
caça utilizando arco e flecha entre outras.
Técnica é criar um manejo, um
conhecimento que possa gerar inventos com intuito de facilitar um determinado
trabalho. Com as relações sociais de experiências ocorre a evolução das
técnicas, que seria um acúmulo de conhecimento acerca das formas de trabalho.
Os computadores, o transporte
aéreo, a fibra óptica, o conjunto de conhecimentos, pesquisas e todo arsenal de
tecnologias da sociedade contemporânea é resultado da transformação da técnica
para tecnologia.
Tecnologia é a técnica evoluída,
que é fruto de ideias oriundas do passado que ao longo dos anos foram sendo
modificadas e aprimoradas, principalmente após 1970, início da terceira
Revolução Industrial, quando o conhecimento científico e a pesquisa deram um
salto gigantesco.
Os avanços tecnológicos têm como
objetivo apresentar novidades às indústrias, além de contribuir para o mercado
especulativo. Na medicina revolucionou tratamentos, criou vacinas, descobriu a
cura de doenças e com tudo isso melhorou a qualidade de vida, elevando também a
expectativa.
No entanto, é preciso atentar-se,
pois essas evoluções não ocorrem no mundo de forma homogênea, em razão
das disparidades tecnológicas decorrentes do grau de desenvolvimento dos
países (países desenvolvidos e subdesenvolvidos).
FREITAS, Eduardo de. "Técnica e Tecnologia"; Brasil
Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/tecnica-tecnologia.htm.
Acesso em 22 de setembro de 2020.
EXERCÍCIOS DE REFLEXÃO
1)Qual é a
diferença entre técnica e tecnologia?Cite exemplo de ambos.
2)Por que o marco
tecnológico é a Revolução Industrial?
3)Qual é a importância
do avanço tecnológico?
4)No período atual
em que vivemos (COVID 19), cite quais são as contribuições da tecnologia para a
descoberta da prevenção desta doença.
Você julga importante estar acompanhando o desenvolvimento tecnológico
para a sua inserção no mercado de trabalho? Qual é o papel da educação nesse
processo?
Assista os vídeos, leia os textos abaixo e as imagens para responder as
perguntas subsequentes:
O que é ser índio?
Antes de tudo, é índio quem se identifica com uma comunidade indígena e
é visto por ela como um membro.
Entendemos como comunidade indígena um conjunto de pessoas que:
·mantêm relações de
parentesco ou vizinhança entre si;
·são descendentes
dos povos que habitavam o continente antes da chegada dos europeus;
·apresentam modos de
vida que são transformações das antigas formas de viver das populações
originárias das Américas.
Os índios são todos
iguais?
Algumas vezes nos referimos aos povos indígenas genericamente como
índios, porque quando falamos índios, estamos nos referindo a grupos que se
reconhecem como semelhantes em alguns contextos.
Apesar das semelhanças que podemos notar entre vários povos indígenas,
quando eles se comparam entre si reconhecem suas diferenças, pois prestam
atenção nas particularidades de cada grupo.
Cada povo indígena possui tradições culturais próprias, isto é, tem uma
história particular, além de possuir práticas e conhecimentos únicos.
É a mesma situação dos franceses e ingleses, por exemplo, que recebem o
nome comum de europeus, por oposição aos africanos, aos sul-americanos e
outros, ainda que apresentem diferenças entre si, falem línguas diferentes,
tenham festas, costumes e hábitos distintos.
É por isso que não podemos dizer que existe uma única “cultura
indígena”: cada comunidade tem seu modo de ser.
Existem, portanto, muitas culturas indígenas!
1.Por
que o texto fala que não existe uma única cultura indígena?
2.Se
os seus antepassados (avós ou bisavós) são ou eram indígenas, você também pode
ser considerado indígena? Por quê?
A influência da cultura indígena na sociedade
brasileira
A cultura indígena está presente em nosso dia a dia.
Nesta matéria sugerimos uma reflexão sobre estas influências.
Quando pensamos
nas raízes do nosso país e nos primeiros povoadores que habitaram o Brasil,
lembramos de Pedro Álvares Cabral e todos os outros colonizadores europeus que
chegaram nesta terra no século XV. Porém, nossas verdadeiras raízes foram
criadas por uma cultura que já ocupava o solo brasileiro muito antes da chegada
dos portugueses: a cultura indígena, que deixou uma enorme influência nos
costumes brasileiros, e que ao longo do tempo se tornou parte do dia a dia
do nosso povo.
Apesar
de todo o esforço dos europeus para impor seus próprios hábitos sobre os índios
(que hoje são uma minoria em nosso país, ocupando só 0,4 da população
brasileira) a cultura indígena sempre permaneceu forte, e em todos os aspectos
intacta em nossas vidas, seja ela na culinária, na arte, na língua ou no
folclore, temos as raízes indígenas muito presente em tudo que fazemos.
Culinária
A
culinária brasileira traz de herança muitos costumes de diversos povos
indígenas, que se alimentavam principalmente de ingredientes como a mandioca
(também conhecida como macaxeira ou aipim), castanhas, coco, milhos, raízes e
algumas folhas e frutos.
Além
desses ingredientes, os índios caçavam animais como anta, veados,
capivaras e tatus para sua alimentação e também praticavam a pesca para se
alimentar dos mais variados tipos de peixes (alguns são o pirarucu, tucunaré,
traíra) tanto de água salgada como de água doce.
Na
cultura indígena o preparo dessas comidas sempre foi uma atividade exercida
pelas mulheres. Elas usavam do fogo para cozinhar os alimentos no “biaribi”
(forno feito com um buraco no chão) ou no “demoquen” (grelha de madeira).
De
todos os ingredientes, os que mais se destacam são o milho, usado para fazer
pamonha, canjica e a popular pipoca. Também a mandioca, que é muito usada até
hoje e aparece em pratos como o Tacacá, prato tradicional do Pará que usa a
goma de tapioca e o tucupi, ambos derivados da macaxeira.
Com
relação às bebidas, o suco do açaí e o famoso guaraná, eram cultivados no norte
pelo povo Mawé, e hoje rompeu fronteiras e é consumido pelo mundo todo.
Arte
Sagradas.
Máscaras usadas em rituais por índios que vivem no Tocantins
Nas
expressões artísticas, as influências da cultura indígena é enorme, já que
muitos povos usavam da arte em diferentes rituais, sempre com muito simbolismo
envolvido.
Um
grande exemplo é a pintura corporal, feita normalmente com tinta vinda de
plantas e frutos (como o jenipapo e o urucu) tinha finalidade de retratar
sentimentos e momentos específicos nos rituais realizados.
Outra
grande herança artística deixada pelos índios, foi o artesanato, muito
praticado pelos povos do Brasil, que faziam colares, pulseiras, brincos e
braçadeiras, normalmente ornamentados com penas e caudas de aves, dando origem
a “arte plumária”, que servia para distinguir grupos sociais.
Os
índios também tinham costume de fazer grandes máscaras de palha ou de madeira
com cascas de árvores, usadas em danças, festas e cerimônias para acalmar entidades
e espíritos.
Haviam
máscaras tão grandes que cobriam todo o corpo dos índios Ticuna, sendo as de
cerâmica exclusivas do povo Mati. Na música, os índios usavam muito
instrumentos de sopro como várias flautas nativas e instrumentos de percussão
como chocalhos, apitos e tambores que ditam até hoje os arranjos e os ritmos da
nossa música popular brasileira.
Também
deixaram grande influência na dança e no canto, como é o exemplo do povo Pataxó,
que entravam em harmonia com a natureza e o divino através do “Awê” ou “Heruê”,
buscando a união e a paz do povo, onde celebravam seus antepassados cantando e
dançando, buscando forças para continuar em frente.
Línguas e Costumes
Muitos costumes
básicos do nosso povo brasileiro também tem origem na cultura indígena, como o
de dormir em redes, que por sua vez ficavam dentro das ocas, ou de andar
descalço quando chegamos cansados em casa.
Da
mesma forma, a nossa língua também sofre grande influência da cultura indígena,
principalmente em palavras ligadas a flora e a fauna, como: abacaxi, tatu,
mandioca, caju e muitas outras palavras usadas no cotidiano de todo brasileiro.
O
próprio parque Ibirapuera de São Paulo – que quer dizer “lugar que já foi
mato”- ou o Rio Tietê – que significa “rio verdadeiro” – são derivados do
Tupi-Guarani. Estes são grandes exemplos de como essa cultura está entrelaçada
ao nosso cotidiano.
3.3. Quais
desses costumes, palavras, objetos ou alimentos estão presentes na sua vida?
Você sabia que eles têm origens indígenas?
4.4. Percebemos
pelo texto que vários nomes de bairros ou cidades possuem nomes indígenas, como
o caso do nosso bairro- o Jardim
Carumbé. Pesquise com familiares ou moradores do bairro se sabem que é uma
palavra indígena e qual o significado.
5.5. Pra
onde foram os indígenas que estavam na cidade de São Paulo? Ou ainda estão
aqui, misturados com a população da cidade como um todo?
6.6. “Todo
brasileiro é um pouco indígena” – Você concorda ou discorda desta frase? Por
quê?
7.7. Descreva
a primeira imagem: quais cores? Quantas pessoas? Qual o cenário da imagem? Que
objetos aparecem? O que está acontecendo? O que você imagina que a pessoa
envolvida está pensando ou querendo?
8.8. Descreva
a segunda imagem: quais cores? Quantas pessoas? Qual o cenário da imagem? Que
objetos aparecem? O que está acontecendo? O que você imagina que a pessoa
envolvida está pensando ou querendo?
9.9. Quais
as semelhanças entre as duas imagens em relação ao que você está vendo? Quais
as semelhanças pensando no que as pessoas estão imaginando ou querendo?
10.10. As pinturas corporais, tanto
tatuagens quanto maquiagens, são utilizadas apenas por questões estéticas
(ficar bonito) ou significam algo mais? Só na nossa sociedade ou nas sociedades
indígenas também? Por quê?
Leia os textos abaixo, assista os vídeos e responda as perguntas subsequentes:
O que é ditadura?
Um
dos termos mais frequentemente utilizados em qualquer conversa sobre política
no Brasil é ditadura.
É natural que isso aconteça, afinal, o nosso país – assim
como seus vizinhos e outros no resto do mundo – possui um histórico
de experiências ditatoriais. Europa, Ásia, África, América: esses regimesexistiram e continuam
a existir por toda parte.
Mas
nem é preciso se referir a uma ditadura de verdade para alguém usar esse termo
em um debate. Afinal, é fácil classificar governos de que não
gostamos como autoritários, ditatoriais. E, para confundir ainda mais,
muitas democracias realmente
lidam de forma autoritária com a divergência, assim como se utilizam de métodos
ditatoriais para alcançarem seus objetivos – mesmo que na maior parte do tempo
sejam democráticos e respeitem as regras do sistema político vigente.
Qual o conceito de Ditadura?
Segundo Maurice Duverger, a ditadura pode ser
definida como um regime político autoritário,
mantido pela violência,
de caráter excepcional e ilegítimo. Ela pode ser
conduzida por uma pessoa ou um grupo que impõe seu projeto de governo à
sociedade com o auxílio da força. Normalmente, ditadores chegam ao poder por
meio de um golpe
de Estado. Já o filósofo político Norberto Bobbio afirma que
a ditadura moderna é um regime caracterizado pela concentração absoluta do poder e
pela subversão da ordem política anterior.
Características de uma Ditadura
Ditaduras
costumam ser bastante centralizadoras.
O poder fica extremamente concentrado nas mãos da pessoa ou grupo que
governa o Estado, com pouca ou nenhuma abertura para o debate
político. Os espaços de comunicação e deliberação costumam ser fortemente
regulados ou suprimidos. Isso inclui a imprensa, os poderes legislativo e judiciário (que
deixam de ser independentes, como costuma ser de acordo com a divisão dos três poderes) e os partidos
políticos, que muitas vezes são proibidos de existir.
Dessa
forma, calando vozes de oposição, as ditaduras forçam consensos e
implementam suas políticas com poucas ou nenhuma consulta à sociedade. É por
isso que o autoritarismo e
a violência são
duas das marcas de qualquer ditadura. No Brasil, no último período
ditatorial que tivemos (1964-1985), houve censura à imprensa, proibição de
quase todos os partidos
políticos, perseguição a opositores e, em alguns momentos, o
fechamento do Congresso Nacional. O Ato Institucional Número Cinco (AI-5), de 1968, concedeu poderes
extraordinários ao Presidente
da República, como decretar recesso do Poder Legislativo em
todos os níveis da federação a qualquer momento.
1.O
que é uma ditadura? Tem a ver com a minha opinião pessoal sobre um político?
2.Se
um determinado governante retira direitos da população, ele se torna um
ditador?
3.O
que é a divisão dos três poderes, mencionada no texto?
4.O
oposto de ditadura seria a democracia? Por quê?
5.Podemos
dizer que vivemos numa ditadura? Por quê?
PAI DOS POBRES E ANTICOMUNISTA: OS DOIS LADOS DE GETÚLIO
VARGAS
Detalhes
da vida pessoal e pública de uma das maiores personalidades da história da
política brasileira
ANDRÉ NOGUEIRA PUBLICADO EM 03/04/2020, ÀS 14H00
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Getúlio
Dornelles Vargas nasceu em 19 de abril de 1882 e foi um dos mais centrais e
relevantes figuras políticas da história do Brasil. O gigantismo de Vargas faz
impossível que falemos da história da república sem tocar em sua obra e as
influências que seu legado político deixou mesmo depois de sua morte que, em
si, foi de um peso político singular. Falar de Vargas como figura politica é
falar do desenvolvimento do Brasil como Estado e como Nação em termos tão
profundos e relevantes que trazem peso histórico até os dias de hoje.
Getúlio
nasceu numa pequena cidade do interior do Rio Grande do Sul chamada São Borja,
e era filho de Candida Francisca Dornelles e do General do Exército Manuel do
Nascimento Vargas (que foi combatente na Guerra
do Paraguai), estancieiros gaúchos da fronteira com a
Argentina, já no final do período imperial. Tinha mais quatro irmãos: Espártaco,
Viriato, Protásio e Benjamim.
Em
1904, ingressa na Faculdade Livre de Direito do RS, onde se forma bacharel em
direito em 1907, começando a trabalhar como promotor na capital do estado e,
depois, retorna à atividade de advocacia em São Borja. Era diretamente
influenciado pelo positivismo castilhista e tinha como grande referência
profissional o “patrono do Rio Grande do Sul” Júlio Prates de Castilho,
disseminador da doutrina positivista pelo Brasil.
Vargas
se destacava em sua turma por seu entusiasmo e capacidades de oratória, tendo
sido escolhido para representar a faculdade e discursar no funeral de Júlio
Castilho.
Em
1909, Vargas se candidata e é eleito deputado estadual pelo RS, filiado ao
Partido Republicano Rio-grandense e reeleito em 1913, mas renuncia ao segundo
mandato em protesto a decisões tomadas pelo presidente do estado Borges de
Medeiros. Nesse meio tempo, Vargas se casa com Darcy Lima Sarmanho, num arranjo
político regional entre sua família, ximanga, e ligada ao Partido Republicano,
e a família da moça que era maragato e federalista.
Em
1917, Getúlio retorna novamente à câmara dos representantes e assume mais três
mandatos (1917, 1919 e 1921). Seu último mandato, de 1921 a 1924, Vargas ganha
exímio destaque como articulador político, em posse de um forte poder de
discurso.
Líder
do PRR, ele era a cabeça do bloco maioritário da câmara e capitaneou um
movimento bem planejado de conciliação com a oposição e diminuição do conflito
com os federalistas do recém-nomeado Partido Libertador. Também foi central na
articulação política do Tratado Brasil-Uruguai, que delimitou oficialmente a
fronteira sul do país, chegando a ser citado em agradecimento feito pelo Barão
do Rio Branco.
Em
1923, é convocado pelo partido para concorrer ao cargo de Deputado Federal do
estado, tornando-se líder da bancada gaúcha no Rio de Janeiro até 1926. Durante
o mandato, apoiou o governo Arthur Bernardes, convocando o exército gaúcho a
São Paulo durante a Revolta de 1924 e manteve a posição de resistência e contenção
de movimentos tenentistas.
Em
1926, o então eleito presidente Washington Luís convoca os líderes das bancadas
estaduais da Câmara dos Deputados como ministros federais. Vargas, como líder
da bancada gaúcha, assume então o Ministério da Fazenda do Brasil e comanda a
reforma monetária e cambial do governo. Abandona o cargo no ano seguinte, para
se lançar candidato à presidência do estado do RS. Vargas ganha e governa o
Estado, tendo como mandato o período entre 1928 e 1933. Seu mandato será
interrompido com sua candidatura na eleição em 1929 e, depois, pela revolução
ocorrida em 1930.
Assumindo
o governo do RS, Vargas inicia um importante movimento de oposição ao governo
federal, exigindo o fim da corrupção esquemática do sistema eleitoral e
expansão do direito às mulheres, defendendo o uso do voto secreto. Criou o
Banco do Estado do Rio Grande e apoiou a fundação da VARGIG, além de realizar
melhorias na zona portuária e criou um cenário político em que conseguiu apoio
político tanto do PRR quanto dos federalistas do PL.
Seu
mandato será então cortado pelo forte movimento de oposição nacional ao então
eleito presidente, ainda não empossado, Júlio Prestes, de SP, em 1929. Vargas,
então assume a liderança da frente gaúcha da Aliança Liberal, responsável pela
derrubada do governo, pega um trem até a capital, usando as vestes tradicionais
de seu estado (bombacha, casaca de couro, etc.), da estação de trem, sobe em um
cavalo e marcha em direção à sede do governo. Estava acionada a famosa
Revolução de 1930, em que Vargas assume a junta provisória que derruba o
presidente Washington Luís, e depois é eleito pela junta presidente oficial do
Brasil.
Assumindo
a presidência em 1930, Getúlio instaura uma ditadura de caráter provisório com
o objetivo de reestruturar o sistema político e econômico do país, que vivia a
estrutura do café-com-leite.
Revogada a Constituição de 1891, o Brasil se encontrava sem uma Carta de Leis
oficial. Os poderes factuais de Vargas eram praticamente ilimitados.
Vargas
criou o Ministério do Trabalho e Indústria e o Ministério da Educação e da
Saúde Pública e nomeou uma série de interventores que assumiram a presidência
dos estados, num esquema parecido com o feito na gestão Hermes da Fonseca.
Vargas também articulará o Congresso Nacional no desenvolvimento de uma nova
política trabalhista de associação dos sindicatos ao Presidente, política que
assumirá sua forma mais poderosa no Estado Novo nos anos 1940.
A
quebra com a normalidade do Estado que impunha uma soberania das elites
paulistas e mineiras gera uma importante revolta em São Paulo, que será
conhecida como Revolução Constitucionalista que, em 1932, tenta restaurar a
ordem vigente antes do golpe de Vargas. O levante paulista desencadeia
uma Guerra
Civil. Vargas teve que articular o Exército Brasileiro que se
encontrava desarticulado pelas divergências internas em relação aos rumos
políticos que o país assumia.
Muitos
oficiais temiam perder suas posições em uma eventual vitória paulista. Porém, o
presidente conseguiu desenvolver uma articulação, principalmente com as tropas
do Sul de MG e derrota o levante constitucionalista em cerca de um ano.
Porém,
a demanda do levante aparecia com demandas quase inevitáveis na presidência da
República, o que obrigou Vargas a convocar uma Assembleia Nacional Constituinte
que redige uma nova Carta ao Brasil: a Constituição de 1934, que abrange uma
série de inovações democráticas como o voto feminino e
o voto secreto, que ia na contramão aos objetivos paulistas de reestruturar a
ordem de 1891.
A
Constituição também previa a eleição indireta do presidente e a convocação de
uma eleição em 1938. O Congresso então elege Vargas presidente constitucional
com mandato de 4 anos.
Vargas
saiu vitorioso e reestruturou a ordem política do país a ponto de criar o
terreno para instituições políticas de caráter nacional, não mais regional como
os partidos da Primeira República. Nascem então dois grupos não-varguistas que
ganham poder na sociedade: os integralistas (AIB), inspirados no fascismo
europeu e os comunistas (ANL) patrocinados pela URSS.
O
projeto nacionalista de Vargas começa a tomar rumo, pois agora as formas de
decisão das políticas do campo econômico e
cultural começam a tomar abrangência diante de um recorte federal,
não mais regional.
O
governo, apesar de bem sólido, vai passar por uma tentativa de golpe conhecida
como Intentona Comunista, em que a ANL, liderada por Prestes, tenta tomar o
poder. Completamente derrotados, os comunistas criam um ar de desconfiança na
população, que começa a temer um novo levante de sucesso. Vargas, articulador
que era, percebe um espaço em que pode reassumir o papel de unificador e
controlador da situação nacional.
Se
utilizando de um famoso plano falso de tomada do poder, o Plano Cohen, articula
um movimento de restauração de governo no ano anterior ao fim de seu mandato.
Articulado com o Exército, ele dá um golpe em seu próprio governo e assume a
presidência interina do país, agora como ditador. Nasce o Estado Novo (nome
inspirado na experiência salazarista em Portugal), regime de pretensões
fascistas centrado em Getúlio Vargas, com uma nova Constituição e um projeto de
integração nacional.
Vargas
então suprime a liberdade partidária e anula a possibilidade de novas eleições.
Seu projeto agora é claro: industrialização, unificação cultural e criação de
um suporte imaginário para a criação do brasileiro. Para tanto o presidente
cria todo um suporte institucional de manutenção da ditadura.
Ele
aumenta a autonomia da Censura, cria o Tribunal de Segurança Nacional (TSN), o
Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), dá plenos poderes ao Departamento
de Ordem Política e Social (DOPS), cria órgãos de concurso público
(principalmente o DASP) e inicia um empreendimento de expansão da fronteira
para o Oeste, ocupando territórios anteriormente reservados aos indígenas.
Vargas
tentava ao mesmo tempo aproximar o Brasil das potências do Eixo e
não criar atritos com os EUA, maior potência do continente. Para tanto, ele
inicia uma série de negociações pelo mundo, tentando conseguir a entrada de
capital estrangeiro a juros baixo, que pudesse sustentar o projeto de
industrialização nacional e substituição de importações. Vargas começa as
negociações com a Alemanha, que tinha interesse num aliado em território
americano.
As
negociações foram tão bem articuladas que Vargas conseguiu uma série de acordos
comerciais e de empréstimos bancários com os EUA, com medo do Brasil se
articular com a Alemanha de
Hitler, em que o Brasil sai como elemento com vantagem.
Então,
Vargas dá início a seu projeto de industrialização e autonomização do país. A
juros baixos, o capital estadunidense foi suficiente para a criação da rede de
indústria de base necessária para o Brasil produzir autonomia econômica. Em
troca, o Brasil se alia à rede de aliados militares dos EUA. Em 1941, quando os
japoneses atacam diretamente
a Marinha dos EUA, os países entram na guerra que era travada na Europa desde
1939.
Desde
1940, o governo de Vargas sofria bastante oposição. A aliança com os EUA criava
atrito do presidente com a esquerda, o autoritarismo de sua ditadura corroía
sua relação com diversas esferas da sociedade e a entrada do Brasil na Segunda
Guerra aumentou seu conflito com os militares. Precisando reatar laços para a
manutenção de seu poder e, ao mesmo tempo, necessitando conter a euforia das
fábricas e dos sindicatos, que eram espaço para o possível desenvolvimento de
centros de articulação do Partido Comunista, Vargas assume a pauta trabalhista.
O
presidente, então, cria a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) em 1943, que
oficializa uma série de direitos aos trabalhadores brasileiros, e estrutura um
novo esquema sindical baseado no corporativismo (como defendiam os
integralistas), onde os sindicatos respondem diretamente ao Governo Federal e
ao sistema unificado com base nos ofícios, possibilitando o ordenamento
sindical na correlação “um grupo de ofício, um sindicato nacional”. Quebra-se
assim a autonomia de luta dos sindicatos e permite um maior controle de seu
funcionamento interno.
Vargas
cria nesses anos sua figura de Salvador da Nação, além de Pai dos Pobres e
inventor do Brasil. Ele forma uma coesão cultural para o desenvolvimento de uma
ideologia nacional, oficializa o Carnaval,
dá nomes e cores à identidade nacional, cria a metáfora do “povo brasileiro
como feijoada”, etc. Vargas também proíbe as nacionalidades não-brasileiras e
persegue as formas de manifestação identitária germanistas, nipônicas e
italianistas.
Com
o retorno das tropas brasileiras à América, depois de derrotada a Alemanha
Nazista, muitos militares se deparam com uma bizarra contradição do governo
brasileiro: suas tropas foram levadas à Europa para lutar contra o
nazifascismo, mas o próprio governo era uma ditadura nacionalista e racista.
Essa
contradição será a base para o movimento militar em 1945 que exige a saída de
Vargas do Poder. A grande força de apoio de Vargas, de caráter mais popular,
ficou conhecida como os "queremistas", que clamavam pela manutenção
da presidência de Getúlio sob a ordem Queremos Vargas!.
Temendo
a iminente deposição vinda de um golpe militar que estava se articulando,
Vargas renuncia à presidência, deixando José Linhares na presidência,
provisoriamente, e entra em uma espécie de exílio de volta à cidade natal São
Borja. No dia 2 de dezembro, são convocadas novas eleições parlamentares e
presidenciais, para o realinhamento da política nacional. Vargas é
novamente eleito senador pelo PTB, o mais votado daquele ano.
Vargas
perdeu a presidência sem perder, porém, seus direitos políticos não receberam
qualquer represália. Agora senador pelo PTB, ainda na política, Vargas precisa
tomar posição nas eleições presidenciais. Inicialmente, ele se recusa a apoiar
Eurico Gaspar Dutra, pois o considerava um traidor que participara de sua
destituição. Porém, foi convencido de que, se Eduardo Gomes, da UDN, ganhasse,
haveria um movimento muito maior de quebra das obras desenvolvidas no Estado
Novo. Vargas, então, apoia Dutra que assume a presidência sob a nova
Constituição em 1946.
Em
1947, abre mão de seu mandato e retorna a São Borja para um retiro pessoal.
Extremamente
clamado pelo povo, em 1950, Getúlio aceita retornar à política e se lançar
candidato à Presidência. O PTB lança então a campanha “Ele voltará!”. A equipe
de Vargas, então, inicia uma vasta campanha pela reeleição do ex-presidente,
com várias fotos, santinhos, passeatas e músicas. Sua principal força de
oposição, a UDN, tinha como porta-voz o inteligente e articulador Carlos Lacerda,
que clamava que não seria permissível que Vargas assumisse novamente a
presidência. Em 3 de outubro de 1950, Vargas é eleito novo Presidente do
Brasil.
A
eleição foi celebrada por vários. Músicas foram escritas em homenagem ao
velhinho e as ruas foram tomadas pelas comemorações nostálgicas a Vargas. Os
primeiros anos do novo governo já foram marcados por certa confusão, em que os
ministérios foram mudados várias vezes.
Muitos
ministros tinham relações tradicionais com Vargas desde 1930, como Góis
Monteiro, Oswaldo Aranha, Vicente Rao e Juracy Magalhães, que assume a recente
PETROBRAS. Novos políticos também tinham espaço no novo governo, como é o
famoso exemplo do Ministro do Trabalho, João Goulart, conterrâneo de Vargas.
Vargas
sofre os primeiros choques de sua base de apoio com o Manifesto dos Coronéis
que demonstrou certa fragilidade das bases militares de Vargas, e com a
confusão do aumento de 100% do salário mínimo que levou à demissão de Goulart
do ministério. Porém, será com o atentado da Rua Toneleiros que seu governo
sofre um duro golpe.
O
atentado envolve o Chefe da Segurança pessoal do Presidente, Gregório
Fortunato, que comanda a tentativa de assassinato de Carlos Lacerda, que leva
um tiro no pé, e da real morte do major Rubens Florentino Vaz. O
atentado gera a total desestabilidade do mandato e cria todo um bafafá que
abre espaço para diversas conspirações.
Depois
do atentado, as pressões pela renúncia de Vargas eram várias e muito se
especulava de uma nova tentativa de assumir um cargo de ditador novamente pelo
presidente. Vargas convoca várias reuniões ministeriais de emergência para
tentar resolver a crise em que seu governo se encontrava. Muito se tentou criar
para diminuir a situação, mas foi uma decisão pessoal de Vargas que resolveu a
situação.
No
dia 24 de agosto de 1954, a situação do Rio de Janeiro era catastrófica.
Lacerda convocou manifestações próximas ao Palácio do Catete pedindo a renúncia
de Vargas. As diversas reuniões ministeriais convocadas pelo presidente tiveram
pouco efeito e o Palácio vivia em correria. O clima era de possível golpe
militar.
Num
ato categoricamente político, no meio da noite, sozinho nos
aposentos presidenciais, Vargas pega um revólver na mesa de cabeceira, aponta
contra o seu próprio peito e atira. O som do tiro ecoa pelo Palácio e a
primeira pessoa a entrar no quarto para socorrer o presidente é sua filha,
Alzira, que se depara com o presidente morto de pijamas, com o peito
ensanguentado e uma carta datilografada, que deveria ser publicada: trata-se da
famosa Carta-Testamento de Getúlio:
"Mais
uma vez as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e se
desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam; e
não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha
ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente
os humildes. Sigo o destino que me é imposto.
Depois
de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros
internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho
de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar.
Voltei ao governo nos braços do povo. A campanha subterrânea dos grupos
internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de
garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso.
Contra
a Justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis
criar a liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da
Petrobras, mal começa esta a funcionar a onda de agitação se avoluma. A
Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja
livre, não querem que o povo seja independente. Assumi o governo dentro da
espiral inflacionária que destruía os valores do trabalho. Os lucros das
empresas estrangeiras alcançavam até 500% ao ano.
Nas
declarações de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais
de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se nosso
principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta
pressão sobre a nossa economia a ponto de sermos obrigados a ceder. Tenho
lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante,
incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo e renunciando a mim
mesmo, para defender o povo que agora se queda desamparado.
Nada
mais vos posso dar a não ser o meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue
de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto
a minha vida. Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos
humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à
vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos
filhos.
Quando
vos vilipendiarem, sentireis no meu pensamento a força para a reação. Meu
sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada
gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a
vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com perdão. E aos que
pensam que me derrotam respondo com a minha vitória.
Era
escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo, de quem
fui escravo, não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para
sempre em sua alma e meu sangue terá o preço do seu resgate. Lutei contra a
espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito
aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a
minha vida. Agora ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o
primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na história.
Historiadores
dizem que o suicídio de
Vargas foi o responsável em adiar em 10 anos o Golpe que o Brasil iria sofrer.
A morte do político gerou um nível nunca antes visto de mobilização popular em
favor do projeto trabalhista, pois a massa foi às ruas no Rio de Janeiro, em
Porto Alegre e em São Borja, onde o corpo passara, para ver e celebrar o luto
pelo presidente que criou as Leis Trabalhistas e sempre se importou com o
contato direto com o povo.
Massas
choravam e celebravam o corpo e o legado de Getúlio Vargas. A solução de
Getúlio para a crise foi drástica, mas os efeitos extrapolaram a imaginação
daquele importante estrategista e articulador político que foi Vargas.
6.Com
base no texto sobre Getúlio Vargas, podemos dizer que ele foi um governante bom
ou ruim? Para todas as pessoas ou para grupos específicos?
7.Getúlio
Vargas foi um ditador? Por quê?
8.Por
que a população da época parecia gostar dele e o apoiar? Havia motivos pra
isso?
9.Que
aspectos positivos do governo dele existem até hoje?
10.Que aspectos negativos
do governo dele existem até hoje?