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terça-feira, 22 de setembro de 2020

Profª Agnailda - turma 9ºB - disciplina eletiva Direito e Cidadania

 Atividade da disciplina eletiva Direito e Cidadania


Alunos do 9ºB, espero que todos estejam bem!


Atenção!!!  Esta atividade deverá ser entregue no dia 25/09/2020 (sexta-feira), e já será considerada como nota para o 3º bimestre.


Realizem as atividades com muita atenção, e tirem as dúvidas comigo no grupo de WhatsApp.


Beijos,


Professora Agnailda


Leia o texto a seguir, e responda as questões.


                        O que é a Constituição Federal?


A Constituição da República Federativa do Brasil é a lei maior do país e nenhuma outra lei pode ir contra o que ela determina.

É na Constituição que estão os princípios que regem tudo em nosso país. Todos são iguais perante a lei? Esse princípio está lá. Temos eleições diretas? O voto é obrigatório? Ninguém pode ser condenado por suas ideias? Esses todos são os chamados “preceitos constitucionais”, e nenhuma lei pode modificar isso.

A nossa atual Constituição é carinhosamente chamada de “Constituição Cidadã”. Recebeu este apelido porque foi a Constituição elaborada logo após o regime militar, ampliando garantias e liberdades idas pessoas. Ela restabeleceu as eleições livres e diretas, acabando com a censura, criou novos direitos trabalhistas e permitiu o voto de analfabetos e de jovens a partir de 16 anos.

Fonte: https://plenarinho.leg.br/index.php/2017/09/constituicao-o-que-e/


1) A partir da leitura do texto acima, como você explica o que é a Constituição Federal?


2) Pesquise na internet e registre aqui a data de criação (promulgação) da Constituição Federal. 


Atividade Eletiva 6D, 7F e 9D

ATIVIDADE DE ELETIVAS 


Queridos  alunos, as atividades de Eletivas são as mesmas postadas no início do mês. Segue abaixo o cronograma:

Atividades de Eletivas 3° Bimestre 6D, 7F e 9D

1) A atividade consiste em pesquisar jogos de tabuleiro africanos. Escrever a pesquisa em folha de almaço, tirar fotos e enviar para o professor pelo Whatsapp ou e-mail. 
2) Na pesquisa o aluno deverá responder às seguintes questões:
a) Qual a importância de aprender sobre os jogos de tabuleiro?
b) Citar no mínimo três jogos de tabuleiro africanos, colocar imagens e nome dos jogos.
c) Qual a influência desse jogo na educação daquela determinada sociedade?
Obs.: As atividades deverão ser entregues até o final do mês de setembro. Teremos nossa aula online na próxima sexta-feira dia 04/09. Os contatos do professor Renato são: Whatsapp 946307108 e e-mail eafi17.renato.durval@gmail.com.  Qualquer dúvida, favor entrar em contato.
BOM ESTUDO PRA TODOS!!
PROFESSOR RENATO DURVAL 

Continuação Eletivas 9°E - Empreendedorismo - Prof Michael Dias

 

Dando continuidade na nossa eletiva.

Agora que você já fez um desenho para o seu produto, será preciso dar continuidade para que ele seja um sucesso de vendas. Já aprendemos que empreender está diretamente ligado a inventar-se, principalmente, em tempos difíceis. Vamos lá!!!!

6) Elabore uma mensagem para seu produto, precisa ser algo que assim que uma pessoa ver o seu produto já vai reconhecer. Por exemplo: Computador Intel, você no mundo virtual. Chinelos Dias, seus pés no algodão.

7) Agora, crie um jingle. O que é isso? É aquela música que toca sempre que seu produto passa, normalmente as lojas fazem isso. Exemplo: lojas marabraz, preço menor ninguém faz. É uma pequena música sobre seu produto que precisa ficar na mente das pessoas.

8) Você precisa convencer seu cliente e, para isso, precisa descrever seu produto. Ou seja, escreva um pequeno texto sobre seu produto, detalhe o que ele, é para que serve e diga porque seu cliente deve adquiri-lo.

9) Você acha que tem perfil de empreender? Por quê?

10) O que mais foi difícil de criar? O que foi mais fácil?

11) Relate o que você achou dessa experiência de criar um produto, fazer propaganda e tentar vendê-lo.

Continuação Eletivas 9°C - Comunicação - Prof Michael Dias

 

Até aqui, aprendemos que comunicação é um mundo diverso e com várias possibilidades. Dando continuidade em nossa eletiva, responda as questões abaixo:

6) Crie uma notícia e faça um pequeno texto sobre. A notícia precisa ser inventada, isso vai ajudar vocês no que a comunicação chama de processo de redação, ou seja, não basta apresentar, falar, etc. é preciso escrever antes.

7) Você acha que essa notícia que acabará de criar se encaixa melhor em qual veículo de comunicação? Rádio, TV, Jornal, etc.

8) Você se identificou com a eletiva de comunicação? Acha que tem perfil para trabalhar nessa área? Por quê?

9) Faça um desenho do que representa a comunicação para você.

 

ATIVIDADE DE GEOGRAFIA – PROFESSORES – MARCELO E VINÍCIUS

3º BIMESTRE

TURMAS: 9º A/B/C/D/E/F

ORIENTAÇÕES:

·         Copiar o texto e as questões no caderno, responder, tirar foto e enviar até dia 02/10(sexta – feira);

·         Aos alunos do 9ºA – enviar para: mbatistaprof@gmail.com

·         Aos alunos dos 9º B/C/D/E/F – enviar para: viniciusjose@prof.educacao.sp.gov.br

 

TEXTO DE APOIO:

A TÉCNICA E A TECNOLOGIA NO BRASIL

A Revolução Industrial é marcada por vários fatores, um deles é a transformação da técnica para tecnologia.

Podemos citar vários exemplos de técnicas, da mais arcaica até a mais atual, como as técnicas de plantio, de caça utilizando arco e flecha entre outras.

Técnica é criar um manejo, um conhecimento que possa gerar inventos com intuito de facilitar um determinado trabalho. Com as relações sociais de experiências ocorre a evolução das técnicas, que seria um acúmulo de conhecimento acerca das formas de trabalho.

Os computadores, o transporte aéreo, a fibra óptica, o conjunto de conhecimentos, pesquisas e todo arsenal de tecnologias da sociedade contemporânea é resultado da transformação da técnica para tecnologia.

Tecnologia é a técnica evoluída, que é fruto de ideias oriundas do passado que ao longo dos anos foram sendo modificadas e aprimoradas, principalmente após 1970, início da terceira Revolução Industrial, quando o conhecimento científico e a pesquisa deram um salto gigantesco.

Os avanços tecnológicos têm como objetivo apresentar novidades às indústrias, além de contribuir para o mercado especulativo. Na medicina revolucionou tratamentos, criou vacinas, descobriu a cura de doenças e com tudo isso melhorou a qualidade de vida, elevando também a expectativa.

No entanto, é preciso atentar-se, pois essas evoluções não ocorrem no mundo de forma homogênea, em razão das disparidades tecnológicas decorrentes do grau de desenvolvimento dos países (países desenvolvidos e subdesenvolvidos).

FREITAS, Eduardo de. "Técnica e Tecnologia"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/tecnica-tecnologia.htm. Acesso em 22 de setembro de 2020.

 

EXERCÍCIOS DE REFLEXÃO

1)  Qual é a diferença entre técnica e tecnologia?Cite exemplo de ambos.

2)  Por que o marco tecnológico é a Revolução Industrial?

3)  Qual é a importância do avanço tecnológico?

4)  No período atual em que vivemos (COVID 19), cite quais são as contribuições da tecnologia para a descoberta da prevenção desta doença.

Você julga importante estar acompanhando o desenvolvimento tecnológico para a sua inserção no mercado de trabalho? Qual é o papel da educação nesse processo?

Prof. Fabiane Bazan/ Eletivas - 8F manhã e 6C tarde

 

EE JORNALISTA RUY MESQUITA


Atividade de Eletivas - Cultura e Formação Cultural


Profª. Fabiane Bazan

 

Nome:_______________________________________ N.º______ Série:_____

 

 

 


 

Segue o link do vídeo para auxiliar os seus estudos.

 

(Vídeo Youtube): O papel da cultura na educação do sujeito transformador

https://www.youtube.com/watch?v=EhFqc3W7YcM

 

Com base no desenho, O Que é cada tópico para você? Escreva com suas próprias palavras de acordo com os seus estudos anteriores.

 

VOCÊ PODE ENVIAR ESSA ATIVIDADE PELO E-mail: sala.virtus2@gmail.com ou pelo whatsapp 11 94804-5379.

 

Grupo Whatsapp 8F: https://chat.whatsapp.com/Jkn9yHU2L8zGouhYKr1GG8

Google sala de aula: w5bsv62

 

Grupo Whatsapp 6C: https://chat.whatsapp.com/FsF30SDVEf7JIVCbd2nIux

Google sala de aula: nglewk7

 

E.E. JORNALISTA RUY MESQUITA

ATIVIDADE DE HISTÓRIA – PROFA. PATRICIA

SEGUNDA QUINZENA - SETEMBRO/2020

 

NOME: _____________________________   N°_____      8°____  DATA:______

 

Assista os vídeos, leia os textos abaixo e as imagens para responder as perguntas subsequentes:

 




O que é ser índio?

Antes de tudo, é índio quem se identifica com uma comunidade indígena e é visto por ela como um membro.

Entendemos como comunidade indígena um conjunto de pessoas que:

·      mantêm relações de parentesco ou vizinhança entre si;

 

·      são descendentes dos povos que habitavam o continente antes da chegada dos europeus;

 

·      apresentam modos de vida que são transformações das antigas formas de viver das populações originárias das Américas.

 

Os índios são todos iguais?

Algumas vezes nos referimos aos povos indígenas genericamente como índios, porque quando falamos índios, estamos nos referindo a grupos que se reconhecem como semelhantes em alguns contextos.

Apesar das semelhanças que podemos notar entre vários povos indígenas, quando eles se comparam entre si reconhecem suas diferenças, pois prestam atenção nas particularidades de cada grupo.

Cada povo indígena possui tradições culturais próprias, isto é, tem uma história particular, além de possuir práticas e conhecimentos únicos.

É a mesma situação dos franceses e ingleses, por exemplo, que recebem o nome comum de europeus, por oposição aos africanos, aos sul-americanos e outros, ainda que apresentem diferenças entre si, falem línguas diferentes, tenham festas, costumes e hábitos distintos.

É por isso que não podemos dizer que existe uma única “cultura indígena”: cada comunidade tem seu modo de ser.

Existem, portanto, muitas culturas indígenas!

 

1.    Por que o texto fala que não existe uma única cultura indígena?

2.    Se os seus antepassados (avós ou bisavós) são ou eram indígenas, você também pode ser considerado indígena? Por quê?

 

 

A influência da cultura indígena na sociedade brasileira

A cultura indígena está presente em nosso dia a dia. Nesta matéria sugerimos uma reflexão sobre estas influências.

Quando pensamos nas raízes do nosso país e nos primeiros povoadores que habitaram o Brasil, lembramos de Pedro Álvares Cabral e todos os outros colonizadores europeus que chegaram nesta terra no século XV. Porém, nossas verdadeiras raízes foram criadas por uma cultura que já ocupava o solo brasileiro muito antes da chegada dos portugueses: a cultura indígena, que deixou uma enorme influência nos costumes brasileiros, e que ao longo do tempo se tornou parte do dia a dia do nosso povo.

Apesar de todo o esforço dos europeus para impor seus próprios hábitos sobre os índios (que hoje são uma minoria em nosso país, ocupando só 0,4 da população brasileira) a cultura indígena sempre permaneceu forte, e em todos os aspectos intacta em nossas vidas, seja ela na culinária, na arte, na língua ou no folclore, temos as raízes indígenas muito presente em tudo que fazemos.

 

Culinária

 

A culinária brasileira traz de herança muitos costumes de diversos povos indígenas, que se alimentavam principalmente de ingredientes como a mandioca (também conhecida como macaxeira ou aipim), castanhas, coco, milhos, raízes e algumas folhas e frutos.

Além  desses ingredientes, os índios caçavam animais como anta, veados, capivaras e tatus para sua alimentação e também praticavam a pesca para se alimentar dos mais variados tipos de peixes (alguns são o pirarucu, tucunaré, traíra) tanto de água salgada como de água doce.

Na cultura indígena o preparo dessas comidas sempre foi uma atividade exercida pelas mulheres. Elas usavam do fogo para cozinhar os alimentos no “biaribi” (forno feito com um buraco no chão) ou no “demoquen” (grelha de madeira).

De todos os ingredientes, os que mais se destacam são o milho, usado para fazer pamonha, canjica e a popular pipoca. Também a mandioca, que é muito usada até hoje e aparece em pratos como o Tacacá, prato tradicional do Pará que usa a goma de tapioca e o tucupi, ambos derivados da macaxeira.

Com relação às bebidas, o suco do açaí e o famoso guaraná, eram cultivados no norte pelo povo Mawé, e hoje rompeu fronteiras e é consumido pelo mundo todo.

Arte

 

Sagradas. Máscaras usadas em rituais por índios que vivem no Tocantins

Nas expressões artísticas, as influências da cultura indígena é enorme, já que muitos povos usavam da arte em diferentes rituais, sempre com muito simbolismo envolvido.

Um grande exemplo é a pintura corporal, feita normalmente com tinta vinda de plantas e frutos (como o jenipapo e o urucu) tinha finalidade de retratar sentimentos e momentos específicos nos rituais realizados.

Outra grande herança artística deixada pelos índios, foi o artesanato, muito praticado pelos povos do Brasil, que faziam colares, pulseiras, brincos e braçadeiras, normalmente ornamentados com penas e caudas de aves, dando origem a “arte plumária”, que servia para distinguir grupos sociais.

Os índios também tinham costume de fazer grandes máscaras de palha ou de madeira com cascas de árvores, usadas em danças, festas e cerimônias para acalmar entidades e espíritos.

Haviam máscaras tão grandes que cobriam todo o corpo dos índios Ticuna, sendo as de cerâmica exclusivas do povo Mati. Na música, os índios usavam muito instrumentos de sopro como várias flautas nativas e instrumentos de percussão como chocalhos, apitos e tambores que ditam até hoje os arranjos e os ritmos da nossa música popular brasileira.

Também deixaram grande influência na dança e no canto, como é o exemplo do povo Pataxó, que entravam em harmonia com a natureza e o divino através do “Awê” ou “Heruê”, buscando a união e a paz do povo, onde celebravam seus antepassados cantando e dançando, buscando forças para continuar em frente.

 

Línguas e Costumes

 

Muitos costumes básicos do nosso povo brasileiro também tem origem na cultura indígena, como o de dormir em redes, que por sua vez ficavam dentro das ocas, ou de andar descalço quando chegamos cansados em casa.

Da mesma forma, a nossa língua também sofre grande influência da cultura indígena, principalmente em palavras ligadas a flora e a fauna, como: abacaxi, tatu, mandioca, caju e muitas outras palavras usadas no cotidiano de todo brasileiro.

O próprio parque Ibirapuera de São Paulo  – que quer dizer “lugar que já foi mato”- ou o Rio Tietê – que significa “rio verdadeiro” – são derivados do Tupi-Guarani. Estes são grandes exemplos de como essa cultura está entrelaçada ao nosso cotidiano.

 

3.    3. Quais desses costumes, palavras, objetos ou alimentos estão presentes na sua vida? Você sabia que eles têm origens indígenas?

4.   4.  Percebemos pelo texto que vários nomes de bairros ou cidades possuem nomes indígenas, como o caso do nosso bairro  - o Jardim Carumbé. Pesquise com familiares ou moradores do bairro se sabem que é uma palavra indígena e qual o significado.

5.   5.  Pra onde foram os indígenas que estavam na cidade de São Paulo? Ou ainda estão aqui, misturados com a população da cidade como um todo?

6.    6. “Todo brasileiro é um pouco indígena” – Você concorda ou discorda desta frase? Por quê?

 





 

7.    7. Descreva a primeira imagem: quais cores? Quantas pessoas? Qual o cenário da imagem? Que objetos aparecem? O que está acontecendo? O que você imagina que a pessoa envolvida está pensando ou querendo?

8.    8. Descreva a segunda imagem: quais cores? Quantas pessoas? Qual o cenário da imagem? Que objetos aparecem? O que está acontecendo? O que você imagina que a pessoa envolvida está pensando ou querendo?

9.    9. Quais as semelhanças entre as duas imagens em relação ao que você está vendo? Quais as semelhanças pensando no que as pessoas estão imaginando ou querendo?

10. 10. As pinturas corporais, tanto tatuagens quanto maquiagens, são utilizadas apenas por questões estéticas (ficar bonito) ou significam algo mais? Só na nossa sociedade ou nas sociedades indígenas também? Por quê?

 

E.E. JORNALISTA RUY MESQUITA

ATIVIDADE DE HISTÓRIA – PROFA. PATRICIA

SEGUNDA QUINZENA - SETEMBRO/2020

 

NOME: _____________________________   N°_____      9°____  DATA:______

 

Leia os textos abaixo, assista os vídeos  e responda as perguntas subsequentes:

 






O que é ditadura?

 

Um dos termos mais frequentemente utilizados em qualquer conversa sobre política no Brasil é ditadura. É natural que isso aconteça, afinal, o nosso país – assim como seus vizinhos e outros no resto do mundo – possui um histórico de experiências ditatoriais. Europa, Ásia, África, América: esses regimes existiram e continuam a existir por toda parte.

Mas nem é preciso se referir a uma ditadura de verdade para alguém usar esse termo em um debate. Afinal, é fácil classificar governos de que não gostamos como autoritários, ditatoriais. E, para confundir ainda mais, muitas democracias realmente lidam de forma autoritária com a divergência, assim como se utilizam de métodos ditatoriais para alcançarem seus objetivos – mesmo que na maior parte do tempo sejam democráticos e respeitem as regras do sistema político vigente.

Qual o conceito de Ditadura?

Segundo Maurice Duverger, a ditadura pode ser definida como um regime político autoritário, mantido pela violência, de caráter excepcional e ilegítimo. Ela pode ser conduzida por uma pessoa ou um grupo que impõe seu projeto de governo à sociedade com o auxílio da força. Normalmente, ditadores chegam ao poder por meio de um golpe de Estado. Já o filósofo político Norberto Bobbio afirma que a ditadura moderna é um regime caracterizado pela concentração absoluta do poder e pela subversão da ordem política anterior.

Características de uma Ditadura

Ditaduras costumam ser bastante centralizadoras. O poder fica extremamente concentrado nas mãos da pessoa ou grupo que governa o Estado, com pouca ou nenhuma abertura para o debate político. Os espaços de comunicação e deliberação costumam ser fortemente regulados ou suprimidos. Isso inclui a imprensa, os poderes legislativo e judiciário (que deixam de ser independentes, como costuma ser de acordo com a divisão dos três poderes) e os partidos políticos, que muitas vezes são proibidos de existir.

Dessa forma, calando vozes de oposição, as ditaduras forçam consensos e implementam suas políticas com poucas ou nenhuma consulta à sociedade. É por isso que o autoritarismo e a violência são duas das marcas de qualquer ditadura. No Brasil, no último período ditatorial que tivemos (1964-1985), houve censura à imprensa, proibição de quase todos os partidos políticos, perseguição a opositores e, em alguns momentos, o fechamento do Congresso Nacional. O Ato Institucional Número Cinco (AI-5), de 1968, concedeu poderes extraordinários ao Presidente da República, como decretar recesso do Poder Legislativo em todos os níveis da federação a qualquer momento.

 

 

1.     O que é uma ditadura? Tem a ver com a minha opinião pessoal sobre um político?

2.     Se um determinado governante retira direitos da população, ele se torna um ditador?

3.     O que é a divisão dos três poderes, mencionada no texto?

4.     O oposto de ditadura seria a democracia? Por quê?

5.     Podemos dizer que vivemos numa ditadura? Por quê?

 

 

 

PAI DOS POBRES E ANTICOMUNISTA: OS DOIS LADOS DE GETÚLIO VARGAS

Detalhes da vida pessoal e pública de uma das maiores personalidades da história da política brasileira

ANDRÉ NOGUEIRA PUBLICADO EM 03/04/2020, ÀS 14H00

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Getúlio Dornelles Vargas nasceu em 19 de abril de 1882 e foi um dos mais centrais e relevantes figuras políticas da história do Brasil. O gigantismo de Vargas faz impossível que falemos da história da república sem tocar em sua obra e as influências que seu legado político deixou mesmo depois de sua morte que, em si, foi de um peso político singular. Falar de Vargas como figura politica é falar do desenvolvimento do Brasil como Estado e como Nação em termos tão profundos e relevantes que trazem peso histórico até os dias de hoje.

Getúlio nasceu numa pequena cidade do interior do Rio Grande do Sul chamada São Borja, e era filho de Candida Francisca Dornelles e do General do Exército Manuel do Nascimento Vargas (que foi combatente na Guerra do Paraguai), estancieiros gaúchos da fronteira com a Argentina, já no final do período imperial. Tinha mais quatro irmãos: Espártaco, Viriato, Protásio e Benjamim.

Em 1904, ingressa na Faculdade Livre de Direito do RS, onde se forma bacharel em direito em 1907, começando a trabalhar como promotor na capital do estado e, depois, retorna à atividade de advocacia em São Borja. Era diretamente influenciado pelo positivismo castilhista e tinha como grande referência profissional o “patrono do Rio Grande do Sul” Júlio Prates de Castilho, disseminador da doutrina positivista pelo Brasil.

 Vargas se destacava em sua turma por seu entusiasmo e capacidades de oratória, tendo sido escolhido para representar a faculdade e discursar no funeral de Júlio Castilho.

Em 1909, Vargas se candidata e é eleito deputado estadual pelo RS, filiado ao Partido Republicano Rio-grandense e reeleito em 1913, mas renuncia ao segundo mandato em protesto a decisões tomadas pelo presidente do estado Borges de Medeiros. Nesse meio tempo, Vargas se casa com Darcy Lima Sarmanho, num arranjo político regional entre sua família, ximanga, e ligada ao Partido Republicano, e a família da moça que era maragato e federalista.

Em 1917, Getúlio retorna novamente à câmara dos representantes e assume mais três mandatos (1917, 1919 e 1921). Seu último mandato, de 1921 a 1924, Vargas ganha exímio destaque como articulador político, em posse de um forte poder de discurso.

Líder do PRR, ele era a cabeça do bloco maioritário da câmara e capitaneou um movimento bem planejado de conciliação com a oposição e diminuição do conflito com os federalistas do recém-nomeado Partido Libertador. Também foi central na articulação política do Tratado Brasil-Uruguai, que delimitou oficialmente a fronteira sul do país, chegando a ser citado em agradecimento feito pelo Barão do Rio Branco.

Em 1923, é convocado pelo partido para concorrer ao cargo de Deputado Federal do estado, tornando-se líder da bancada gaúcha no Rio de Janeiro até 1926. Durante o mandato, apoiou o governo Arthur Bernardes, convocando o exército gaúcho a São Paulo durante a Revolta de 1924 e manteve a posição de resistência e contenção de movimentos tenentistas.

Em 1926, o então eleito presidente Washington Luís convoca os líderes das bancadas estaduais da Câmara dos Deputados como ministros federais. Vargas, como líder da bancada gaúcha, assume então o Ministério da Fazenda do Brasil e comanda a reforma monetária e cambial do governo. Abandona o cargo no ano seguinte, para se lançar candidato à presidência do estado do RS. Vargas ganha e governa o Estado, tendo como mandato o período entre 1928 e 1933. Seu mandato será interrompido com sua candidatura na eleição em 1929 e, depois, pela revolução ocorrida em 1930.

 Assumindo o governo do RS, Vargas inicia um importante movimento de oposição ao governo federal, exigindo o fim da corrupção esquemática do sistema eleitoral e expansão do direito às mulheres, defendendo o uso do voto secreto. Criou o Banco do Estado do Rio Grande e apoiou a fundação da VARGIG, além de realizar melhorias na zona portuária e criou um cenário político em que conseguiu apoio político tanto do PRR quanto dos federalistas do PL.

Seu mandato será então cortado pelo forte movimento de oposição nacional ao então eleito presidente, ainda não empossado, Júlio Prestes, de SP, em 1929. Vargas, então assume a liderança da frente gaúcha da Aliança Liberal, responsável pela derrubada do governo, pega um trem até a capital, usando as vestes tradicionais de seu estado (bombacha, casaca de couro, etc.), da estação de trem, sobe em um cavalo e marcha em direção à sede do governo. Estava acionada a famosa Revolução de 1930, em que Vargas assume a junta provisória que derruba o presidente Washington Luís, e depois é eleito pela junta presidente oficial do Brasil.

Assumindo a presidência em 1930, Getúlio instaura uma ditadura de caráter provisório com o objetivo de reestruturar o sistema político e econômico do país, que vivia a estrutura do café-com-leite. Revogada a Constituição de 1891, o Brasil se encontrava sem uma Carta de Leis oficial. Os poderes factuais de Vargas eram praticamente ilimitados.

Vargas criou o Ministério do Trabalho e Indústria e o Ministério da Educação e da Saúde Pública e nomeou uma série de interventores que assumiram a presidência dos estados, num esquema parecido com o feito na gestão Hermes da Fonseca. Vargas também articulará o Congresso Nacional no desenvolvimento de uma nova política trabalhista de associação dos sindicatos ao Presidente, política que assumirá sua forma mais poderosa no Estado Novo nos anos 1940.

A quebra com a normalidade do Estado que impunha uma soberania das elites paulistas e mineiras gera uma importante revolta em São Paulo, que será conhecida como Revolução Constitucionalista que, em 1932, tenta restaurar a ordem vigente antes do golpe de Vargas. O levante paulista desencadeia uma Guerra Civil. Vargas teve que articular o Exército Brasileiro que se encontrava desarticulado pelas divergências internas em relação aos rumos políticos que o país assumia.

Muitos oficiais temiam perder suas posições em uma eventual vitória paulista. Porém, o presidente conseguiu desenvolver uma articulação, principalmente com as tropas do Sul de MG e derrota o levante constitucionalista em cerca de um ano.

Porém, a demanda do levante aparecia com demandas quase inevitáveis na presidência da República, o que obrigou Vargas a convocar uma Assembleia Nacional Constituinte que redige uma nova Carta ao Brasil: a Constituição de 1934, que abrange uma série de inovações democráticas como o voto feminino e o voto secreto, que ia na contramão aos objetivos paulistas de reestruturar a ordem de 1891.

A Constituição também previa a eleição indireta do presidente e a convocação de uma eleição em 1938. O Congresso então elege Vargas presidente constitucional com mandato de 4 anos.

Vargas saiu vitorioso e reestruturou a ordem política do país a ponto de criar o terreno para instituições políticas de caráter nacional, não mais regional como os partidos da Primeira República. Nascem então dois grupos não-varguistas que ganham poder na sociedade: os integralistas (AIB), inspirados no fascismo europeu e os comunistas (ANL) patrocinados pela URSS.

O projeto nacionalista de Vargas começa a tomar rumo, pois agora as formas de decisão das políticas do campo econômico e cultural começam a tomar abrangência diante de um recorte federal, não mais regional.

O governo, apesar de bem sólido, vai passar por uma tentativa de golpe conhecida como Intentona Comunista, em que a ANL, liderada por Prestes, tenta tomar o poder. Completamente derrotados, os comunistas criam um ar de desconfiança na população, que começa a temer um novo levante de sucesso. Vargas, articulador que era, percebe um espaço em que pode reassumir o papel de unificador e controlador da situação nacional.

Se utilizando de um famoso plano falso de tomada do poder, o Plano Cohen, articula um movimento de restauração de governo no ano anterior ao fim de seu mandato. Articulado com o Exército, ele dá um golpe em seu próprio governo e assume a presidência interina do país, agora como ditador. Nasce o Estado Novo (nome inspirado na experiência salazarista em Portugal), regime de pretensões fascistas centrado em Getúlio Vargas, com uma nova Constituição e um projeto de integração nacional.

Vargas então suprime a liberdade partidária e anula a possibilidade de novas eleições. Seu projeto agora é claro: industrialização, unificação cultural e criação de um suporte imaginário para a criação do brasileiro. Para tanto o presidente cria todo um suporte institucional de manutenção da ditadura.

Ele aumenta a autonomia da Censura, cria o Tribunal de Segurança Nacional (TSN), o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), dá plenos poderes ao Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), cria órgãos de concurso público (principalmente o DASP) e inicia um empreendimento de expansão da fronteira para o Oeste, ocupando territórios anteriormente reservados aos indígenas.

Vargas tentava ao mesmo tempo aproximar o Brasil das potências do Eixo e não criar atritos com os EUA, maior potência do continente. Para tanto, ele inicia uma série de negociações pelo mundo, tentando conseguir a entrada de capital estrangeiro a juros baixo, que pudesse sustentar o projeto de industrialização nacional e substituição de importações. Vargas começa as negociações com a Alemanha, que tinha interesse num aliado em território americano.

As negociações foram tão bem articuladas que Vargas conseguiu uma série de acordos comerciais e de empréstimos bancários com os EUA, com medo do Brasil se articular com a Alemanha de Hitler, em que o Brasil sai como elemento com vantagem.

Então, Vargas dá início a seu projeto de industrialização e autonomização do país. A juros baixos, o capital estadunidense foi suficiente para a criação da rede de indústria de base necessária para o Brasil produzir autonomia econômica. Em troca, o Brasil se alia à rede de aliados militares dos EUA. Em 1941, quando os japoneses atacam diretamente a Marinha dos EUA, os países entram na guerra que era travada na Europa desde 1939.

Desde 1940, o governo de Vargas sofria bastante oposição. A aliança com os EUA criava atrito do presidente com a esquerda, o autoritarismo de sua ditadura corroía sua relação com diversas esferas da sociedade e a entrada do Brasil na Segunda Guerra aumentou seu conflito com os militares. Precisando reatar laços para a manutenção de seu poder e, ao mesmo tempo, necessitando conter a euforia das fábricas e dos sindicatos, que eram espaço para o possível desenvolvimento de centros de articulação do Partido Comunista, Vargas assume a pauta trabalhista.

O presidente, então, cria a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) em 1943, que oficializa uma série de direitos aos trabalhadores brasileiros, e estrutura um novo esquema sindical baseado no corporativismo (como defendiam os integralistas), onde os sindicatos respondem diretamente ao Governo Federal e ao sistema unificado com base nos ofícios, possibilitando o ordenamento sindical na correlação “um grupo de ofício, um sindicato nacional”. Quebra-se assim a autonomia de luta dos sindicatos e permite um maior controle de seu funcionamento interno.

Vargas cria nesses anos sua figura de Salvador da Nação, além de Pai dos Pobres e inventor do Brasil. Ele forma uma coesão cultural para o desenvolvimento de uma ideologia nacional, oficializa o Carnaval, dá nomes e cores à identidade nacional, cria a metáfora do “povo brasileiro como feijoada”, etc. Vargas também proíbe as nacionalidades não-brasileiras e persegue as formas de manifestação identitária germanistas, nipônicas e italianistas.

Com o retorno das tropas brasileiras à América, depois de derrotada a Alemanha Nazista, muitos militares se deparam com uma bizarra contradição do governo brasileiro: suas tropas foram levadas à Europa para lutar contra o nazifascismo, mas o próprio governo era uma ditadura nacionalista e racista.

Essa contradição será a base para o movimento militar em 1945 que exige a saída de Vargas do Poder. A grande força de apoio de Vargas, de caráter mais popular, ficou conhecida como os "queremistas", que clamavam pela manutenção da presidência de Getúlio sob a ordem Queremos Vargas!.

Temendo a iminente deposição vinda de um golpe militar que estava se articulando, Vargas renuncia à presidência, deixando José Linhares na presidência, provisoriamente, e entra em uma espécie de exílio de volta à cidade natal São Borja. No dia 2 de dezembro, são convocadas novas eleições parlamentares e presidenciais, para o realinhamento da política nacional.  Vargas é novamente eleito senador pelo PTB, o mais votado daquele ano.

Vargas perdeu a presidência sem perder, porém, seus direitos políticos não receberam qualquer represália. Agora senador pelo PTB, ainda na política, Vargas precisa tomar posição nas eleições presidenciais. Inicialmente, ele se recusa a apoiar Eurico Gaspar Dutra, pois o considerava um traidor que participara de sua destituição. Porém, foi convencido de que, se Eduardo Gomes, da UDN, ganhasse, haveria um movimento muito maior de quebra das obras desenvolvidas no Estado Novo. Vargas, então, apoia Dutra que assume a presidência sob a nova Constituição em 1946.

Em 1947, abre mão de seu mandato e retorna a São Borja para um retiro pessoal.

Extremamente clamado pelo povo, em 1950, Getúlio aceita retornar à política e se lançar candidato à Presidência. O PTB lança então a campanha “Ele voltará!”. A equipe de Vargas, então, inicia uma vasta campanha pela reeleição do ex-presidente, com várias fotos, santinhos, passeatas e músicas. Sua principal força de oposição, a UDN, tinha como porta-voz o inteligente e articulador Carlos Lacerda, que clamava que não seria permissível que Vargas assumisse novamente a presidência. Em 3 de outubro de 1950, Vargas é eleito novo Presidente do Brasil.

A eleição foi celebrada por vários. Músicas foram escritas em homenagem ao velhinho e as ruas foram tomadas pelas comemorações nostálgicas a Vargas. Os primeiros anos do novo governo já foram marcados por certa confusão, em que os ministérios foram mudados várias vezes.

Muitos ministros tinham relações tradicionais com Vargas desde 1930, como Góis Monteiro, Oswaldo Aranha, Vicente Rao e Juracy Magalhães, que assume a recente PETROBRAS. Novos políticos também tinham espaço no novo governo, como é o famoso exemplo do Ministro do Trabalho, João Goulart, conterrâneo de Vargas.

Vargas sofre os primeiros choques de sua base de apoio com o Manifesto dos Coronéis que demonstrou certa fragilidade das bases militares de Vargas, e com a confusão do aumento de 100% do salário mínimo que levou à demissão de Goulart do ministério. Porém, será com o atentado da Rua Toneleiros que seu governo sofre um duro golpe.

O atentado envolve o Chefe da Segurança pessoal do Presidente, Gregório Fortunato, que comanda a tentativa de assassinato de Carlos Lacerda, que leva um tiro no pé, e da real morte do major Rubens Florentino Vaz. O atentado gera a total desestabilidade do mandato e cria todo um bafafá que abre espaço para diversas conspirações.

Depois do atentado, as pressões pela renúncia de Vargas eram várias e muito se especulava de uma nova tentativa de assumir um cargo de ditador novamente pelo presidente. Vargas convoca várias reuniões ministeriais de emergência para tentar resolver a crise em que seu governo se encontrava. Muito se tentou criar para diminuir a situação, mas foi uma decisão pessoal de Vargas que resolveu a situação.

No dia 24 de agosto de 1954, a situação do Rio de Janeiro era catastrófica. Lacerda convocou manifestações próximas ao Palácio do Catete pedindo a renúncia de Vargas. As diversas reuniões ministeriais convocadas pelo presidente tiveram pouco efeito e o Palácio vivia em correria. O clima era de possível golpe militar.

Num ato categoricamente político, no meio da noite, sozinho nos aposentos presidenciais, Vargas pega um revólver na mesa de cabeceira, aponta contra o seu próprio peito e atira. O som do tiro ecoa pelo Palácio e a primeira pessoa a entrar no quarto para socorrer o presidente é sua filha, Alzira, que se depara com o presidente morto de pijamas, com o peito ensanguentado e uma carta datilografada, que deveria ser publicada: trata-se da famosa Carta-Testamento de Getúlio: 

"Mais uma vez as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam; e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes. Sigo o destino que me é imposto.

Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo. A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso.

Contra a Justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar a liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobras, mal começa esta a funcionar a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre, não querem que o povo seja independente. Assumi o governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores do trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até 500% ao ano.

Nas declarações de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia a ponto de sermos obrigados a ceder. Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo e renunciando a mim mesmo, para defender o povo que agora se queda desamparado.

Nada mais vos posso dar a não ser o meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida. Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos.

Quando vos vilipendiarem, sentireis no meu pensamento a força para a reação. Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com perdão. E aos que pensam que me derrotam respondo com a minha vitória.

Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo, de quem fui escravo, não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue terá o preço do seu resgate. Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na história.

Historiadores dizem que o suicídio de Vargas foi o responsável em adiar em 10 anos o Golpe que o Brasil iria sofrer. A morte do político gerou um nível nunca antes visto de mobilização popular em favor do projeto trabalhista, pois a massa foi às ruas no Rio de Janeiro, em Porto Alegre e em São Borja, onde o corpo passara, para ver e celebrar o luto pelo presidente que criou as Leis Trabalhistas e sempre se importou com o contato direto com o povo.

Massas choravam e celebravam o corpo e o legado de Getúlio Vargas. A solução de Getúlio para a crise foi drástica, mas os efeitos extrapolaram a imaginação daquele importante estrategista e articulador político que foi Vargas.

 

6.     Com base no texto sobre Getúlio Vargas, podemos dizer que ele foi um governante bom ou ruim? Para todas as pessoas ou para grupos específicos?

7.     Getúlio Vargas foi um ditador? Por quê?

8.     Por que a população da época parecia gostar dele e o apoiar? Havia motivos pra isso?

9.     Que aspectos positivos do governo dele existem até hoje?

10.  Que aspectos negativos do governo dele existem até hoje?