6. DESENVOLVIMENTO
E ESTRATÉGIAS:
Danças
A própria formação de nosso país é controversa e, por isso, para
analisar nossa cultura rítmica é necessário reconhecer as contradições,
forjadas ao longo do processo histórico, que a levaram a caracterizar-se do
modo como é atualmente. Pensamos que, para contextualizar a pluralidade da
cultura rítmica brasileira, os alunos necessitam conhecer os costumes
rítmicos dos nativos (civilizações indígenas que habitavam o Brasil antes do
século XV, cuja maior parte já não existe), dos invasores (as civilizações
que, competindo economicamente entre si, se impuseram pela violência em
partes do território brasileiro desde o século XVI: portugueses, espanhóis,
franceses, holandeses e ingleses), dos escravizados (civilizações africanas
escravizadas até o século XIX e seus descendentes), dos imigrantes
(civilizações europeias, asiáticas e outras em menor escala que, com
incentivo financeiro do governo brasileiro, vieram voluntariamente ao Brasil
a partir de meados do século XIX, em sua maioria, para o Sul do país e para a
região oeste do Estado de São Paulo) e dos migrantes (sobretudo do campo para
os centros urbanos e econômicos a partir da segunda metade do século XX).
Na história do Brasil, a partir do século XVI – desconsiderando,
portanto, a história anterior dos nativos e de seus antepassados, cinco
grupos majoritários formaram o que podemos chamar de cultura rítmica
nacional: (1) povos indígenas nativos; (2) povos europeus invasores; (3)
povos africanos escravizados; (4) população descendente de imigrantes
europeus, asiáticos e de outros continentes; e (5) população de migrantes
brasileiros que vivem nos diferentes Estados.
Quando interpretamos ou enfatizamos determinados costumes
rítmicos nas aulas, corremos o risco de fazê-lo conforme certos interesses e
representações, especialmente quando se trata de algum tema em evidência na
mídia ou por ocasião de datas comemorativas. Nas danças folclóricas pode
ocorrer um apelo exagerado por algo exótico, pois o folclore (folk =
povo; lore = costume, tradição) tende a ser visto desse modo por quem
desvaloriza os costumes populares das diferentes regiões do Brasil. Nesse sentido,
é importante que os alunos vislumbrem danças regionais do Norte, Nordeste,
Centro-Oeste, Sul e Sudeste e, neste último caso, que aprofundem a
pluralidade de manifestações existentes dentro do próprio Estado de São
Paulo.
Confrontar a história “oficial” de algumas danças e atividades
rítmicas (por exemplo, o forró, o xaxado, o maculelê e a catira) com a
história de vida de quem vivenciou essas manifestações em diferentes
contextos pode causar impacto ou estranhamento na interpretação dos alunos. Saber
que não há apenas uma versão para as representações rítmicas pode contribuir
para a relativização dos próprios conteúdos e culminar na crítica que os
alunos poderão fazer sobre as representações ideológicas associadas às
diferentes regiões do país. Os alunos podem aprender e compreender, por exemplo,
como o xaxado associava-se à agressividade nas lutas travadas no agreste
nordestino e como o carnaval se constituiu no evento turístico mais rentável
no Brasil.
A questão de gênero presente em certas danças também é relevante
ao tratarmos das atividades rítmicas. O controle do ritmo (o homem é o
condutor nas danças em pares) ou até mesmo a exclusividade da dança pelo
gênero masculino, como ocorre no xaxado, são aspectos que podem ser
analisados sob o ponto de vista do preconceito ou da timidez com relação ao
dançar.
Assista
ao jogo: Carimbó
do Pará
Questionário avaliativo, com base no conteúdo do texto e vídeo:
1)
O Carimbó é característico de qual região do
Brasil? 1 ponto
2)
Assista ao vídeo e descreva características do
Carimbó, roupas (masculinas e femininas), passos dança (giros, saltos,
piruetas etc.). (use pelo menos 15 linhas ou 200 palavras no seu relato). 4
pontos
Assista
ao jogo: Siriri
- Flor Ribeirinha
Questionário avaliativo, com base no conteúdo do texto e vídeo:
1)
O Siriri é característico de qual região do
Brasil? 1 ponto
Assista
ao vídeo e descreva características do Siriri, roupas (masculinas e
femininas), passos dança (giros, saltos, piruetas etc
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