Disciplina: História |
Curso:
Fundamental
II |
Série: 8º ano D,E,F |
Semana 13/07 a 17/07 |
Professora:(a)
Claudete
|
Instruções
Gerais: |
1. Orientamos que as atividades sejam
realizadas no caderno da respectiva disciplina; 2. Orientamos que os pais interfiram
o mínimo possível durante a execução da tarefa. É importante que o aluno possa
desenvolver sua autonomia, pesquisando e se organizando; 3. O visto/correção das atividades será
feito na primeira aula da referida disciplina após o retorno da normalidade
das aulas; |
Revolução
Francesa (1789)
A Revolução Francesa, iniciada no dia 17
de junho de 1789, foi um movimento impulsionado pela burguesia e que contou com
uma importante participação dos camponeses e das massas urbanas que viviam na
miséria.
Em 14 de julho de 1789, a massa urbana de Paris tomou a
prisão da Bastilha desencadeando profundas mudanças no governo francês.
Contexto Histórico
No final do século XVIII, a França era um país agrário, com
a produção estruturada no modelo feudal. Para a burguesia e parte da nobreza
era preciso acabar com o poder absoluto do rei Luís XVI, cujo reinado teria
arruinado a economia francesa.
Enquanto isso, do outro lado do Canal da Mancha, a
Inglaterra, sua rival, desenvolvia o processo de Revolução Industrial.
Fases da Revolução Francesa
Para fins de estudo dividimos a Revolução Francesa em três
fases:
Primeira
fase (1789-1792): Monarquia Constitucional; Segunda
fase (1792-1794): Convenção - 1792/1793 e Terror; Terceira
fase (1794-1799): Diretório.
Causas
A burguesia francesa, preocupada em desenvolver a indústria
no país, tinha como objetivo destruir as barreiras que restringiam a liberdade
de comércio internacional. Desta forma, era preciso que se adotasse na França,
segundo a burguesia, o liberalismo econômico.
A burguesia exigia também a garantia de seus direitos
políticos, pois era ela quem sustentava o Estado, posto que o clero e a nobreza
estavam livres de pagar impostos.
Apesar de ser a classe social economicamente dominante, sua
posição política e jurídica era limitada em relação ao Primeiro e ao Segundo
Estados.
Iluminismo
O iluminismo surgiu na França, se
propagou entre os burgueses e propulsionou o início da Revolução Francesa.
Este movimento intelectual destinava duras críticas às
práticas econômicas mercantilistas, ao absolutismo, e aos direitos concedidos
ao clero.
Seus autores mais
conhecidos foram Voltaire, Montesquieu, Rousseau, Diderot e Adam Smith.
Crise
Econômica e Política
A crítica situação econômica, às vésperas da revolução de
1789, exigia reformas urgentes e gerava uma grave crise política. Ocorreu uma
onda de falências, acompanhada de desempregos e queda de salários, arruinando o
comércio nacional.
As crises econômicas se juntaram às políticas, com demissão
de ministros que haviam convocado a nobreza e o clero para contribuírem no
pagamento de impostos.
Pressionado pela crise, o rei Luís XVI convoca os Estados
Gerais, uma assembleia formada pelas três divisões da sociedade francesa:
•
Primeiro
Estado - composto pelo clero;
•
Segundo
Estado - formado pela nobreza;
•
Terceiro
Estado - composto por todos aqueles que não pertenciam ao Primeiro nem ao
Segundo Estado, no qual se destacava a burguesia.
O Terceiro Estado, mais numeroso, pressionava para que as
votações das leis fossem individuais e não por Estado. Somente assim, o
Terceiro Estado poderia passar normas que os favorecessem.
No entanto, o Primeiro e o Segundo Estado recusaram esta
proposta e as votações continuaram a ser realizadas por Estado.
Desta forma, reunidos no Palácio de Versalhes, o Terceiro
Estado e parte do Primeiro Estado (baixo clero) se separam da Assembleia.
Em seguida, declaram-se representantes da nação, formando a
Assembleia Nacional Constituinte e jurando permanecer reunidos até que ficasse
pronta a Constituição.
"O juramento na Sala de Jogo de Paume", de Jean-Louis David,
ilustra a união entre parte do Segundo Estado e o Terceiro.
Monarquia Constitucional (1789-1792)
No dia 26 de agosto de 1789 foi aprovada pela Assembleia a
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
Esta Declaração assegurava os princípios da liberdade, da
igualdade, da fraternidade (“Liberté,
égalité, fraternité” - lema da Revolução), além do direito à propriedade.
A recusa do rei Luís XVI em aprovar a Declaração provoca
novas manifestações populares. Os bens do clero foram confiscados e muitos
padres e nobres fugiram para outros países. A instabilidade na França era
grande.
A Constituição ficou pronta em setembro de 1791. Dentre os
muitos artigos podemos destacar:
•
o governo foi transformado em monarquia constitucional;
•
o poder executivo caberia ao rei, limitado pelo
legislativo, constituído pela Assembleia;
•
os deputados teriam mandato de dois anos;
•
o voto não teria caráter universal: só seria
eleitor quem tivesse uma renda mínima (voto censitário);
•
suprimiu-se os privilégios e as antigas ordens
sociais;
•
confirmou-se a abolição da servidão e a
nacionalização dos bens eclesiásticos; manteve-se a escravidão nas colônias.
O Terror (1792-1794)
Internamente, a crise começava a provocar divisão entre os
próprios revolucionários.
Os girondinos - representantes da alta
burguesia, defendiam posições moderadas.
Por sua parte, os jacobinos - representantes da média e
da pequena burguesia, constituía o partido mais radical, sob a liderança de Maximilien
Robespierre.
Foi assim instalada a ditadura jacobina que introduziu
novidades na Constituição como:
•
Voto universal e não censitário;
•
fim da escravidão na colônias;
•
congelamento de preços de produtos básicos como
o trigo;
•
instituição do Tribunal Revolucionário para
julgar os inimigos da Revolução.
Nessa altura, foram ordenadas a morte, pela guilhotina, de
várias pessoas que eram contra a revolução. As execuções tornaram-se um
espetáculo popular, pois aconteciam diversas vezes ao dia num ato público.
O próprio rei Luís XVI foi morto desta forma em 1793. Meses
depois a rainha Maria Antonieta também foi guilhotinada.
Essa fase, entre 1793 e 1794, é conhecida como “O Terror”.
A Lei dos Suspeitos aprovava a prisão e a
morte cruel dos anti revolucionários. Nessa mesma altura, as igrejas eram
encerradas e os religiosos obrigados a deixar seus conventos. Aqueles que
recusavam eram executados. Além da guilhotina, os suspeitos eram afogados no
rio Loire.
Para os ditadores, essas execuções eram uma forma justa de
acabar com os inimigos. Essa atitude causava terror na população francesa que
se voltou contra Robespierre e o acusou de tirania.
Nessa
sequência, após ser detido, também Robespierre foi executado na ocasião que
ficou conhecida como “Golpe do 9 Termidor”, em 1794.
Gravura do
século XIX mostrando a execução de Robespierre (centro)
Diretório (1794-1799)
A fase do Diretório dura cinco anos de 1794-1799 e se
caracteriza pela ascensão da alta burguesia, os girondinos, ao poder. Recebe
este nome, pois eram cinco diretores que governavam a França neste momento.
Inimigos dos jacobinos, seu primeiro ato é revogar todas as
medidas que eles haviam feito durante sua legislação.
No entanto, a situação era delicada. Os girondinos atraíram
a antipatia da população ao revogar o congelamento de preços, por exemplo.
Vários países europeus como a Inglaterra e o Império
Austríaco ameaçavam invadir a França a fim de conter os ideais revolucionários.
Por fim, a própria nobreza e a família real no exílio, buscavam organizar-se
para restaurar o trono.
Diante desta situação, o
Diretório recorre ao Exército, na figura do jovem e brilhante general Napoleão Bonaparte para
conter os ânimos dos inimigos.
Desta maneira, Bonaparte dá um golpe - o 18 Brumário - onde
instaura o Consulado, um governo mais centralizado que traria paz ao país por
alguns anos.
Consequências
Napoleão
Bonaparte espalhou os ideais da Revolução Francesa através de guerras pela
Europa
Em dez anos, de 1789 a 1799, a
França passou por profundas modificações políticas, sociais e econômicas.
A aristocracia do Antigo Regime perdeu
seus privilégios, libertando os camponeses do antigos laços que os prendiam aos
nobres e ao clero.
Desapareceram as amarras feudais que limitavam as atividades
da burguesia, e criou-se um mercado de dimensão nacional.
A Revolução Francesa foi a alavanca que levou a França do
estágio feudal para o capitalista e mostrou que a população era capaz de
condenar um rei.
Igualmente, instalou a separação de poderes e a
Constituição, uma herança deixada para várias nações do mundo.
Em 1799, a alta burguesia aliou-se ao general Napoleão
Bonaparte, que foi convidado a fazer parte do governo.
Sua missão era recuperar a ordem e a estabilidade do país,
proteger a riqueza da burguesia e salvá-los das manifestações populares.
Por volta de 1803 têm início as Guerras Napoleônicas,
conflitos revolucionários imbuídos dos ideais da Revolução Francesa que teve
como protagonista Napoleão Bonaparte.
Atividade 1 (
Prazo para fazer e enviar dia 22/06-
26/06 sexta-feira ) Copiar e responder as questões no caderno.
1- Faça leitura do texto.
2- Após a leitura anote no caderno as
palavras que que você não conhece e pesquise o significado.
3- Explique quem são os girondinos e
jacobinos.
4- Sobre a Revolução Francesa descreva a
localização temporal e espacial.
5- Descreva as causas da Revolução
Francesa.
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